PRECONCEITO RACIAL: ESTEREÓTIPOS – ATENÇÃO – IGNORÂNCIA

Os estereótipos racistas, a falta de atenção e a ignorância são todos ingredientes do preconceito racial.

As correlações existentes entre esses termos, tão presentes na discussão sobre o racismo, evidenciam a importância da atitude e da percepção nas relações interétnicos-raciais. Deve-se enfatizar, assim, que as atividades essenciais enquanto sujeitos são a ação e a percepção juntas. Acredito, contudo,  que nem sempre o indivíduo, de forma racional, se disponha da análise perceptiva, pois ao não entender os conceitos levá-o,  impulsivamente, a recolher apenas aspectos do real cotidiano já tão recortados e confeccionados pela cultura socialmente aceita, optando por enxergar através das mediações impostas. Mediações essas  bastante influenciadoras. Frise-se, irrefutável, que o processo de estereotipia se apodera de nossa vida mental e devemos desenvolver lucidez para interpretá-la.

É adequado o indivíduo saber interpretar o coditiano. “O repouso no estereótipo, nas explicações dadas pelo poder, conduz a uma capitulação da percepção - e que não é a do próprio indivíduo - e a um estreitamento do campo mental.” Assim, é importante rever esse padrão de repouso no estereótipo, e que fazemos por ser socialmente mais aceito e confundido com o não-racismo, por que ele se reproduz sobremaneira  no racismo de âmbito geral e até mesmo no campo institucional, articulando e hierarquizando os seus elementos, até confrontá-los com a própria prática dentro das organizações.

A mudança de atitude quanto a isso exige uma reorientação intelectual, um rompimento com os vínculos sociais em que na maioria das vezes somos apenas passivos. É necessário uma reestruturação da experiência passada, mas ao que já se percebe não tão distante assim. No homem já aculturado com os vínculos antigos, a mudança de atitude causa uma desordem nas suas relações sociais, mas apenas temporariamente, até que se firme mentalmente como sempre deveria ter sido, o agir sob o não preconceito.

Quando se fala em preconceito, diz-se de algo que remete à noção de atitude. Essa atitude funciona como um fenômeno que encontra ressonância na conversa comum do cotidiano, assumindo um conteúdo determinado que equivale a um tipo de atitude que se reveste — nem sempre sutil — em preconceito.

Nessa esteira, a atitude é uma disposição para a ação, uma inclinação do indivíduo por um modo socialmente formada, que combina opiniões e afetos, em fim, um fenômeno afetivo-cognitivo (tido por aprendizagem). As atitudes conhecem um grau maior ou menor de liberdade ou rigidez, de acordo com o nível de consciência que o sujeito possui acerca delas. O raio de expressão de uma atitude vai desde a mais automática manifestação, irrefletida e inconsciente, até a mais consciente e mais livre manifestação.

Ainda, deve-se reter sobre a atenção como percepção aplicada, vivenciada. A falta de atenção é a percepção socialmente e narcisicamente controlada (como vício). O que não é para ser percebido socialmente fica fora, tornando-se invisível. O que não é percebido narcisicamente, o que não é mero espelho para o sujeito, é desprezado: o sujeito narcísico busca no outro a mera confirmação de si mesmo e do seu modo de ser.

Por fim a ignorância. Entendida como falta de conhecimento, impede a mudança de atitude. Assim, a “opinião” é o elemento-chave da atitude e ao mesmo tempo a validação de uma opinião se dá por meio do conhecimento. O conhecimento, sempre, começa pela resistência à opinião, capturada e endossada que é, pelo poder.

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