OS CLUBES DE PERNAMBUCO: SPORT, SANTA CRUZ E NÁUTICO NÃO MAIS ASSOCIARÃO SUAS MARCAS ÀS TORCIDAS ORGANIZADAS
Os presidentes de Náutico, Santa
Cruz e Sport se comprometeram, ontem, a combater o uso das marcas dos clubes
pelas torcidas organizadas. O pronunciamento nesse sentido é inédito. Por
enquanto, a medida está no campo da promessa. Mas, a partir de agora, a cobrança
para que isso se torne uma realidade pode ser feita. Deve ser feita. A medida é
importante porque atinge financeiramente as organizadas, que lucram com a venda
de produtos que, muitas vezes, têm a logomarca dos clubes.
A atitude foi revelada ontem, durante o anúncio de uma ação nacional que pretende combater a violência das torcidas organizadas, que está sendo encabeçada pelo Procurador-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, que esteve no Recife. Ele se reuniu com os presidentes dos clubes e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho. Nesse encontro, foi elaborado um documento com várias propostas, que será levado ao STJD e à CBF para formalização.
Essas propostas serão transformadas em um termo de ajuste de conduta, que será colocado para os clubes de todo o Brasil. Ao assinarem o documento, os times se comprometerão a adotar medidas de retaliação à ação dessas torcidas organizadas, como o financiamento de ingressos ou de viagens. O descumprimento de tais medidas será punido com jogos com portões fechados. A pena será imposta pela CBF como ato administrativo e não passará pelo STJD.
PROTEÇÃO.
Além de revelar as medidas determinadas pelo termo de ajuste de conduta, os presidentes responderam ao questionamento sobre o uso indevido da marca dos clubes pelas organizadas. Todos garantiram que vão proteger as suas marcas. "Estamos estruturando o departamento de licenciamento de marcas para garantir que as organizadas não tenham direito ao uso da marca do Sport", afirmou o presidente João Humberto Martorelli. "Acionamos a empresa responsável pelo direito de uso da nossa marca para que ela tome medidas quanto a isso", complementou Antônio Luiz Neto, do Santa Cruz. O presidente do Náutico cobrou uma ação, também, do Estado. "É preciso que o Estado fiscalize”.
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