MEDIUNIDADE E PARANORMALIDADE - SUAS CARACTERÍSTICAS.

Com visão sistematizada e também independente, e nem por isso menos lúcida ou menos espiritualizada, vamos abordar alguns pontos sobre os mecanismos da "mediunidade" e também destacar os aspectos mais importantes que a diferencia dos mecanismos da "paranormalidade".

Paranormalidade é um potencial inerente a qualquer ser humano. Por meio de técnicas aplicadas e conjuntamente com desenvolvimento disciplinado é o que faz aflorar esta faculdade. Já a mediunidade é um processo muito específico e que traz uma peculiar característica genética muito bem definida, que de tal forma pode ou não se manifestar ao longo da vida de um indivíduo.

Podemos, assim, observar três situações que se apresentam distintas no modelo de seus processos quando manifestadas por um indivíduo. Temos, então, a paranormalidade, fruto de desenvolvimento intencional ou ativo do indivíduo; temos a mediunidade, que está diretamente relacionada com o estado alterado de consciência, e envolve um transe, dada a sua propensão genética; e temos situações parapsicofisiológicas que estão classificadas por experiências fora do corpo ou sonhos lúcidos, e que envolve o estado da fisiologia do indivíduo manifestado na sua própria fisiologia.

Para entender o que é exatamente a mediunidade e seus mecanismos é importante frisar que ela se distancia do que entendemos sobre paranormalidade. Em que pese a fenomenologia mediúnica considerar também outras interpretações bem mais associativas. Entretanto, ao fazermos referência ao fenômeno da vidência, por exemplo, queremos aqui oferecer um entendimento de um claro potencial de paranormalidade. Este fenômeno de paranormalidade é a capacidade de divisar o mundo físico do espiritual ou de atingir dimensões vibratórias distintas uma das outras. Evidenciando que este potencial é uma capacidade que pode ser treinada ou desenvolvida por qualquer pessoa a partir da aplicação de técnicas e de uma consciência disciplinada. Então não existe mediunidade de vidência ou de clarividência, porque ambas são potenciais paranormais e, por consequência, não passivos.

O mesmo ocorre com o desdobramento, pois não existe mediunidade de desdobramento, mas um potencial de paranormalidade intrínseco à criatura humana. Ou seja, existe uma situação parafisiológica que envolve a projeção da consciência. Assim, todos os indivíduos são passíveis de saírem de seus corpos, quer queira ou não, por que este fenômeno está relacionado a um processo parafisiológico inerente à natureza humana. Os resultados das experiências passam a ser melhores à medida da qualidade dos exercícios, maior aculturamento das técnicas envolvidas e do refinamento interpretativo diante do que o indivíduo possa se deparar no uso do desprendimento da matéria.

Dito isso sobre a paranormalidade, podemos então falar de alguns fenômenos mediúnicos típicos, que  estão alinhados ao conceito de missão e que diferem da paranormalidade. O mais comum que existe é o entendimento da psicofonia, que são processos da incorporação em que há comunicação com outros níveis de consciência extracorpórea (espíritos). Existe outro sob o entendimento da psicografia, que traz a habilidade de textualizar um conjunto de conhecimentos desejados pelos espíritos suprindo a carência da nossa ignorância temporária; existe também a pictografia, que permite retratar obras inspiradas por espíritos, que mesmo após os seus desencarnes continuam a  difundir seus talentos e suas genialidades como um escape emocional a ser superado pela sua busca evolutiva, além de outras tantas modalidades mediúnicas simples e até mesmo mais complexas que vale apena explorar e conhecer. Pois, no fundo, os fenômenos só acontecem por que fazem parte do detalhamento e de condições preexistentes no indivíduo encarnado e que reflete grande valor para este plano físico no sentido de se alcançar uma consciência mais ampla sobre outras realidades.

Eu, aqui, parto da premissa que deva ser ponto pacífico do entendimento de milhares de pessoas sobre a "transexistência" ou sobrevivência do "EU" após a vivência física. Falar de mediunidade pressupõe condição "si ne qua non" de falar de vida após a matéria, pois o que acontece na matéria deve ser entendido por influência de uma entidade extrafísica ou espírito se comunicando através de uma pessoa, que na verdade passa a ser um meio para que se execute tal comunicação.

E por ser visto como fenômeno de grande valor, toda pessoa que tem a capacidade de ser meio ou de se colocar como instrumento da comunicação de seres extrafísicos é, por assim dizer, um médium usando da mediunidade, ou simplesmente se portando como um meio. Então, quando falamos sobre estes dois fenômenos é importante colocar que existem algumas diferenças fundamentais, uma delas é quanto da postura passiva da mediunidade e a outra diz respeito à postura mais ativa da paranormalidade.

Na mediunidade, temos um estado que envolve um transe, cujo o médium entra num processo psíquico de maior passividade. Isso que dizer que o indivíduo com essa capacidade cede até um certo ponto o controle do seu sistema nervoso. Eu digo até um certo ponto porque essa disposição ou disponibilidade que o médium oferece do seu sistema nervoso acontece no nível limítrofe, onde ele não perde totalmente o controle, mas cede boa parte desse sistema operacional para que a consciência extracorpórea possa operar o sistema nervoso e timbrar as suas impressões, e veicular informações, usando todo o aparato psico-físico do médium (cordas vocais, sistema motor, etc).

Assim, quando o médium está vivenciando o transe mediúnico de incorporação ou psicofonia, por exemplo, ele se coloca num estado passivo recebendo toda uma influência extrafísica e do ambiente externo. Essa é a primeira característica que diferencia o processo mediúnico da paranormalidade. O psiquismo entra no modo ainda mais passivo. Logo, a mediunidade até certo ponto é um fenômeno passivo sob a perspectiva daquele que está cedendo o controle do seu sistema nervoso.

Mais especificamente o sistema nervoso de um médium possui um comportamento diferente em relação à pessoa que não tem suas faculdades mediúnicas desenvolvidas. E ao que tudo indica, conforme consta nas literaturas sobre o tema, o comportamento nervoso de um médium é transferido geneticamente. Ou seja, uma família que detenha uma pessoa ou médium quer desenvolvido ou não, vai influenciar o desenvolvimento de outros integrantes na mediunidade, por conta da transmissão genética.

E por decorrência deste aspecto genético é muito comum vermos casos familiares em que integrantes são despertados na mediunidade ou evidenciam uma propensão mediúnica com o passar do tempo. Essa é a característica fundamental que diferencia  mediunidade da paranormalidade, o seu aspecto genético. Na prática, essa habilidade vem de uma resposta genética e envolve uma influência de uma consciência extrafísica sobre o médium.

Tal habilidade ou faculdade mediúnica não se mostra passível de ser gerada, ou seja, não se desenvolve intencionalmente a mediunidade em alguém, mas apenas a aperfeiçoa com o tempo a quem dela detém, refinando-a, para que ela alcance amplitude com equilíbrio do médium conjuntamente com a sua disciplina pessoal. Ela então é aguçada, porque preexiste, de forma a ser exacerbada diante da predisposição do indivíduo. Ela nasce com o indivíduo e é predisposta a se manifestar, num dado momento, pois se trata de uma faculdade preexistente.

Se o indivíduo tem a predisposição, então ao se propor a um aperfeiçoamento bem concatenado e disciplinado, em ambiente adequado, tende a torná-lo capaz de alcances ou amplitudes maiores na medida em que as suas percepções extrasensoriais também se alarguem com equilíbrio. Se o indivíduo não tiver a predisposição mediúnica dificilmente ele vai conseguir aperfeiçoar algo que não o tenha.

Já à paranormalidade possui três características distintas em relação à mediunidade.  Primeiro, o potencial paranormal envolve um processo psíquico ativo, não necessariamente genético. O paranormal, então, ativa seu psiquismo para acessar uma dada informação no tempo e no espaço.

Vejamos, por exemplo, um clarividente. Quando devidamente treinado, ele ativa a sua clarividência para divisar outros planos. Essa postura não é passiva ou mesmo cede o controle do seu sistema nervoso a uma inteligência extrafísica. Assim, desde que desenvolvido, pode abrir sua clarividência e divisar planos; pode pressupor uma cognição do futuro, prevendo coisas sem a influência extrafísica, mas tão somente interpretativa em função da experiência maior ou menor que usufrua; pode deslocar material em telecinese sem auxílio externo de uma entidade, etc...

Assim, a paranormalidade é um fenômeno passível de ser desenvolvida por qualquer pessoa que se submeta a um desenvolvimento desta ordem, com a devida técnica, com a devida prática. Alguém com o devido treinamento e disciplina é capaz de exacerbar este potencial. Isso por que paranormalidade é potencial anímico inerente a constituição de qualquer pessoa.

O principal desta abordagem, que distingue paranormalidade de mediunidade, é que uma não se sobrepõe à outra, e nem  torna o indivíduo com um traço de evolução por si só. Não há por que associar evolução espiritual ou a maturidade espiritual ou o avanço espiritual quanto aos dons mediúnicos predispostos ou mesmo quando desenvolvidos animicamente, independente ao que se alcançou ou possa ser testemunhado. Assim, não há qualquer relação necessariamente.

Da mesma forma há pessoas com grande nível de consciência espiritual, mas que não desenvolveu qualquer paranormalidade ou mesmo não tenha evidenciado propensão mediúnica. Vemos, principalmente, que este planeta é múltiplo e nos exige mesmo ouvir uns aos outros para aprendermos mais, equacionando informações, com o intuito de alcançarmos mais, sempre mais... Jamais devemos nos prender a uma formatação única de conhecimento ou nos submetermos a dogmas que limitam consciências.

ASPECTOS PSICODINÂMICOS DA MEDIUNIDADE E DA NEUROFISIOLOGIA.

Um ponto que merece importante destaque nos domínios da mediunidade é a "glândula Pineal". Esta glândula é um órgão cronobiológico e tem como função coordenar os ritmos circadianos do corpo. Ou seja, coordena todo calendário neuroendócrino. Ela possui não apenas a função importante de ajustar todo relógio biológico, mas ela também possui uma função espiritual. Para os médiuns essa glândula possui a peculiaridade à formação de cristais biológicos. São cristais de apatita que se mostram em maior volume nos médiuns, assumindo a propriedade de sequestrar campos eletromagnéticos e rebatê-los para que a informação seja traduzida pelo cérebro e, desta forma, veiculada pelo médium. A disciplina do médium no trato das técnicas mediúnicas junto ao maior desenvolvimento da glândula pineal estabelece o refinamento do médium e, consequentemente, da sua missão fidedignamente.

Ao que tudo indica, as comunicações espirituais e seus diferentes contatos têm como ponto biológico de mediação a glândula pineal. Essa é uma característica muito específica do comportamento da pineal, como também da sua estrutura cristalina identificada no exercício da mediunidade. Esta mediação, dada sua característica, equaciona o processo da acoplação da inteligência extrafísica no funcionamento do sistema nervoso, dando causa ao que se deseja transmitir. E pessoas que não são médiuns tendem a ter sistema nervoso que reage defensivamente a toda forma de controle. O médium, ao contrário, se coloca disponível à outra fonte inteligente para que temporária e relativamente se dê o controle. Assim, o médium, de forma neurofisiologicamente, possui alguma diferença na execução desse processo. Diferença essa herdada geneticamente.

Por fim, os níveis de mediunidade mais refinados são alcançados com muita disciplina associada ao conhecimento sobre o fenômeno, e ao treinamento a que o médium se submete, o que juntos propicia um elevado padrão vibratório para uma perfeita conecção com a inteligência extrafísica. Isso é, permitindo tamanha neutralidade do médium para que a entidade se expresse cada vez melhor, vivenciando, um e outro, as suas missões de cunho coletivo. Em outras palavras, aprendendo juntos.

Tão importante é o que se espera da missão ao longo de uma vida, que antes de reencanar o médium passa por um processo extrafísico de calibração energética. Ou seja, isso significa que a mediunidade tem um elemento cármico, cuja calibração do seu campo é de natureza muita específica e associada à missão que será desenvolvida.

Por tudo isso a mediunidade não pode ser confundida com paranormalidade. O médium, face à sua mediunidade, é antes de tudo orientado no decorrer do seu aprimoramento e principalmente a partir das experiências atingidas com equilíbrio, quer por intuição quer por clarificação das aspirações quer por associações com outros médiuns inspiradores, tende a aprimorar a sua capacidade de redefinir processos pessoais em função do que foi antes gerados em vidas passadas. Ou seja, o que ele provocou antes e como compensar adequadamente agora. E esta calibração facilita muito este trabalho no presente, por que propiciará circunstâncias que melhor lhe aprouver no realinhamento de tais processos.

Comentários

ULTRAPASSOU 2000 VISITAS:

AH! SE EU SOUBESSE SOBRE O PLANO ESPIRITUAL...

COMA OVOS. MUITOS!

EM ABRIL, ABREM-SE MUITAS PERSPECTIVAS!

PSY GANGNAM STYLE

LANÇAMENTOS CINEMATOGRÁFICOS - NÃO FIQUE NA DÚVIDA!

CONVERSANDO COM NIETZSCHE...

SANTOS INCORRUPTOS.

REIS E RAINHAS DA PLEBE COM MAIS SÚDITOS QUE A RAINHA DA INGLATERRA.

OSCAR SCHMIDT: VISITA MÉDIUNS NA LUTA CONTRA O CÂNCER CEREBRAL