APENAS UMA QUESTÃO DE PODER!...
Candidatos eleitos para cargos executivos dificilmente
deixam de disputar a reeleição. É auspicioso ser reeleito para a posição de
relevância política – como chefe de um importante poder executivo, por exemplo
– quando estimulados com aplausos e incentivos pelo trabalho. Mas não está fora
de dúvida que ao assumir o poder o voluntariante possa receber vaias e insultos
ou manifestações de indignação mais candente. Mesmo assim, com todos os ônus e
adversidades, o poder é sempre atraente e almejado.
Só não se candidata quem sabe que vai perder o pleito ou
quem prefere disputar postos mais altos na hierarquia política, ou ainda quem
se acomoda em concorrer ao que seja mais fácil de ganhar. Basta dar uma olhada
na panorâmica sobre os governadores e prefeitos nos estados, e sobre a
presidente da República em Brasília, para se constatar a veracidade dos fatos.
Desde que foi criado o instituto da reeleição até hoje os dois últimos
presidentes da República se recandidataram e se reelegeram. Com os prefeitos e
governadores de estado não é diferente.
Em que pese o período de apenas quatro anos de mandado ser
considerado pouco para a gestão de um bom governante, o fato é que se o poder
não fosse tão desejado pelos políticos não seria por certo tão procurado.
Mandar afinal é um anelo inato no homem e com muito mais razão nos políticos.
Alcançar o poder traduz quase sempre o coroamento de anos de luta. A liderança
exercida pelo político que se investe nessa condição não torna raro atrair a reverência,
o respeito e a atenção do povo.
Assim, ninguém, em qualquer contexto, deixa o poder por
ouvir impropérios. Pelo contrário, briga-se para permanecer nele enquanto for
possível. O poder não cansa. Quem está nele não quer afastar-se dele, mesmo com
todas as turbulências que oferece. O poder não cansa, fortalece.
Ele é tão inebriante que vemos o poder disputado em quase
todo contexto da vida: nas organizações, nos projetos, nas comunidades, nos
ambientes religiosos, nas penitenciárias, nas policias, nas favelas, nos
crimes, nos negócios... Para aquele que não desejar a associação com formas
mesquinhas do poder se mostra essencial não oferecer atenção a ele, mas
ignorá-lo, pois a polarização com a modalidade mais vaidosa do poder e com
todas as suas mesquinharias tende a nos colocar em padrão muito abaixo da real
possibilidade humana para o crescimento ou para a evolução individual.
O padrão vibratório do indivíduo, quando cercado de
irracionalidade em sua contestação do poder, pode trazer-lhe uma sentença muito
alta a ser pagar. Pois essa é um viés bem negativo do poder. Casos assim, verificados
tal manifestação de poder, devesse o indivíduo considerar agir sob à mansidão
de uma pomba e à sagacidade de uma
serpente. Por que não importa o tempo que dure, na vida tudo muda. Tudo muda na
vida! Sendo a vida que segue, cabe a ela por sua sutileza desconhecida passar o
poder a outras mãos...
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