ÉTICA NO COTIDIANO

Manter-se em alerta sobre a questão será sempre necessário. Sócrates ao percorrer as ruas de Atenas, no século V a.C., embaraçava seus concidadãos ao perguntar-lhe em que valores acreditavam ao agir. Ao indagar a origem e a essência das virtudes que eles julgavam praticar ao seguir os costumes de Atenas, o filósofo inaugurou a ética e mostrou que o sujeito, para ser ético, não se submete aos acasos da sorte ou à tirania dos desejos. Ele obedece à sua consciência — que deve conhecer o bem e as virtudes — e à sua vontade — que levará à prática da ética em busca da boa convivência.

Mas tarde, Aristóteles, autor da obra Ética a Nicômaco, datada de IV a. C., afirma que as virtudes morais podem ser ensinadas, pois são produto do hábito. O virtuoso é aquele que sabe o que faz; é o conhecedor de seus deveres e escolhe seguir a boa conduta com vontade inabalável. Dessa forma, a educação ética ajuda a cultivar nas pessoas as características que lhes permitirão uma vida boa e feliz.

Quase 25 séculos depois, o tema ainda causa polêmica na política, no meio acadêmico, na escola, nos relacionamentos afetivos e nas empresas. No senso comum a ética é entendida como o comportamento honesto,  o agir virtuoso, a obediência a um código de conduta. Do ponto de vista acadêmico, no entanto,  a ética seria a ciência da moral, que estuda e reflete sobre as escolhas e atitudes das pessoas. A ética é a preocupação com a melhor forma de se viver. Sua importância está no fato de sempre nos lembrar de que toda forma de vida se transforma e que estar atentos a essas mudanças nos possibilita atuar para que elas melhorem nossa existência.

Mas como relacionar o comportamento ético no cotidiano atual? Primeiro, entendamos, a ética desaliena o indivíduo. Ela traz o claro entendimento de que  quando alguma coisa é feita de determinado modo há algum tempo, podemos passar a entender que talvez possa ser feita de outra maneira, mais humana e produtivamente.  

Visto dessa maneira, o comportamento ético deve penetrar nos organismos sociais considerando que nesse contexto não há empresa perfeita o bastante que não possa ser melhorada, assim como não existe vida perfeita o bastante que não possa ser mais feliz. Por isso mesmo, o código de ética de uma organização deve refletir-lhe a identidade; deve reafirmar seus valores e explicar como deseja que esses valores sejam aplicados no dia a dia. Isso, contudo, deve ser considerado em dois momentos: antes da produção do código, para permitir a contribuição de todos da organização em termos do que esperar e do que se deseja internamente sobre si; e no segundo momento, logo depois do lançamento do código, para viabilizar sua efetiva aplicação e assimilação.

É isso. Não deixe de pensar sobre o assunto e aprofundá-lo, e aproveite plenamente o seu dia a dia com as pessoas.


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