OS DOIS LADOS DO FACISMO.
Os cidadãos brasileiros devem pensar muito neste momento, pesquisar e comparar circunstâncias que nos arremetem ao facismo. Ao contrário do senso comum, das análises de muitos
especialistas em jornalismo político, do que pensa a maior parte das pessoas,
especialmente as mais sensíveis ao politicamente correto, inclusive de muita
gente que pretende ser de esquerda no Brasil, os nazistas eram fervorosos
socialistas – pelo menos eram assim que se autojulgavam.
Daí porque o partido nazista se intitulava “Partido
Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães”. Defendiam, em essência,
serviços públicos gratuitos de saúde e empregos garantidos pela ação
direta do Estado. Advogavam pelo confisco da herança de grandes fortunas e pela
educação pública universal gratuita para todos. Erradicaram a participação da
Igreja nas políticas públicas, sempre sob a irrestrita defesa do Estado Laico e
pelo ataque aos dogmas eclesiásticos.
Inseriam a autoridade do Estado no cotidiano das pessoas, nos
hábitos e costumes das famílias, nos valores morais tradicionais dominantes, do
que acusavam ser sociedade conservadora e reacionária. Eram essencialmente
contra o livre mercado e a favor de generosas pensões e aposentadorias ao povo
da raça ariana, independente das contribuições de cada beneficiário e como
concessão e garantia do Estado.
Foram líderes mundiais e promotores apaixonados da
agricultura orgânica e medicina alternativa. Hitler era vegetariano e ativista
defensor dos direitos dos animais. É evidente a enorme conexão e o paralelismo
de conceitos e práticas do que hoje se chama de “progressismo moderno”
(inclusive com muitos aspectos do politicamente correto, dimensão à qual se
subordina) com os conceitos e práticas do fascismo tradicional e sua principal
variante nazista.
Isso explica porque não é despropositado se falar de fascismo
de direita e fascismo de esquerda no Brasil, em particular nos atuais tempos
turbulentos de amor e ódio à política, aos políticos e aos que se contrapõem
como inimigos, apenas por divergirem em visões políticas e morais.
Os fascismos de esquerda e de direita são como as
extremidades de uma ferradura, pois quase se tocam com práticas iguais e
discursos parecidos.
A nossa realidade de hoje é aprender a identificar esses traços fascistas e, principalmente, aprender a combatê-los desde o início deste novo tempo.
WS/CFA
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